A casa de Elias Layon já é um Santuário porque ali se respira o sagrado.
Como se isto não bastasse, há na casa um oratório, cheio do carinho dele e da família onde a gente pode rezar.
Tive a felicidade de estar ali.
Rezei agradecendo a Deus o dom que deu a esse meu amigo e irmão.
Benditas mãos que trazem o divino mais perto. Benditas mãos que transformam a madeira e também a pedra, fazendo-as dizer tanto sem falar nada.
A história e a arte de Elias Layon impressionam. Ele mostrou-me uma obra de madeira que estava esculpindo. Já se vislumbrava uma madona barroca.
A banca de trabalho forrada de lascas de cedro que a ferramenta obediente às benditas mãos arrancara do cepo. Tomei em minhas mãos uma lasca. Envolveu-me neste momento um sentimento de emoção inusitado.
Com lágrimas nos olhos pedi, no coração, ao artista supremo: “Trabalha em mim Senhor! Tira deste cedro velho as lascas que quiseres. Esculpe em mim a imagem dos teus sonhos”.
Hoje no oratório do meu aposento está a lasca de cedro.
Ao vê-la me dou conta de que ainda estou longe de ser a imagem… a semelhança e continuo dizendo ao eterno escultor: “Tira deste cedro velho as lascas que quiseres! Trabalha em mim Senhor!”.
Pe. Antonio Maria